Monday, May 24, 2010

Egoísmo como sentido da vida

Dêem-me, por favor, um propósito à vida.

Estou a pedir mesmo a sério. E agora peço-lhes que olhem para a vida sem floreados: Nascemos, vivemos, morremos. Acreditando que não há nada depois da morte, sou só eu que acho que viver para depois morrer acaba sendo a mesma coisa que demorar anos a acabar uma pintura para depois a queimar?
Bare with me for a while. Não digo que a vida não exige esforço. Ou melhor, tecnicamente não exige, mas devemo-nos esforçar um pouco. Porque já que temos que viver, ao menos que o façamos o melhor possível. Que tenhamos o maior prazer possível a cada pincelada, antes de termos que carbonizar a pintura.
E é aqui que eu digo que toda a gente deverá tomar a atitude mais egoísta possível na sua vida. Toda a gente deverá agir de acordo com aquilo que fará a sua vida mais agradável. Ora, quase de certeza muita gente leria isto e diria "Mas assim o mundo entraria em decadência, porque ninguém iria querer saber de ninguém."
Não é bem assim. (But, for the record, o mundo já é decadente e poucas pessoas se importam com quem quer que seja.)
As pessoas não são todas iguais. Falo por mim quando digo que não é preciso tramar toda a gente para ter o que se quer, para ter um dia relativamente bem sucedido. Tantas vezes um simples sorriso me fez ganhar o dia. Ser egoísta não implica aproveitar-se negativamente de alguém. Apenas implica ter como fim máximo a felicidade própria.
E dessa forma o mundo manteria o seu equilíbrio decadente porque existem aquelas pessoas demasiado altruístas que apenas se sentem bem a sacrificar-se para a felicidade comum, e, as mais comuns, pessoas que só se sentem bem com o mal alheio. E ainda aqueles indivíduos todos pelo meio.
Outra coisa a não esquecer é que ser egoísta não implica também ignorar as necessidades dos outros. Eu se tiver um amigo a necessitar de ajuda, e se, podendo ajudá-lo, não o faço, não me sinto bem. E estou a ser egoísta? Na verdade não, porque me perturba, me incomoda, não me traz felicidade. A atitude mais egoísta seria ajudá-lo porque isso me faria sentir melhor.

Fica assim a minha opinião. Se todos fossemos assim egoístas, das duas uma, ou o mundo manter-se-ia num grau aproximado de decadência, ou simplesmente tudo melhoraria. Pessoas que se tornam felizes têm tendência a acumular ainda mais felicidade vendo felicidade alheia.

Egoísmo como propósito único da existência, egoísmo como puro sentido da vida.

Bye, feedback please. I'm not sure if I expressed myself correctly.

7 comments:

  1. "Eu se tiver um amigo a necessitar de ajuda, e, podendo ajudá-lo, não o faço, não me sinto bem." Então ser egoísta era ajudá-lo? Mas também o farias sentir melhor se o ajudasses..

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  2. Para mim de certa forma ajudá-lo é que é ser egoísta porque é o que ME faz sentir melhor. Vê-lo sentir-se melhor faz-me sentir melhor também. Logo, por um lado, até é bastante egoísta.

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  3. Quem diabos ajuda aos outros para SE sentir melhor? Ajudamos os amigos para que eles sintam-se melhores e acabamos felizes por ver que fizemos algo por alguém que nos é importante. Acho que algumas das suas noções estão um bocado distorcidas.

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  4. a sensação de felicidade proveniente de ajudar outro ser humano é a prova de que este o faz por egoísmo, pelo seu próprio prazer.
    quando uma pessoa auxilia outra, o sentimento de gratidão para com a intenção origina um efeito de orgulho e poder pessoal. a ajuda, mesmo a desapreciada, causa bem-estar no homem, que então não se sente tão miserável e inútil simplesmente por ter feito uma mínima diferença, por ter um diminuto impacto na vida de outrem.
    é um conceito básico - é o mais próximo que o ser humano tem de se sentir divino e omnipotente.

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  6. Por favor evitem comentários anónimos.

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  7. Meu, o egoismo acaba por ser a base da nossa sociedade. Não é por isso a publicidade, por exemplo? Para que as multi-nacionais egoistas ganhem mais dinheiro? É sim. Mas não devia. Por isso é que há pessoas, pessoas verdadeiramente bondosas que andam por aí a ajudar.
    O teu argumento é, portanto, inutil.

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