Tuesday, March 23, 2010

Também quero ser humanitário

Não sei, muita gente que ler isto vai ficar com ideia errada de mim, mas é o que eu penso.
Hum, vou começar por falar na escola, como no outro post. Assunto banal e maioritariamente desinteressante, mas como passo lá quase 12 das cerca de 18 horas do meu dia diário, most of my thinking is done there.

Continuando, a minha escola não é propriamente exemplo de classe média, digamos, normal. Poucos são os de lá com um salário modesto, a riqueza é exemplo bastante comum. Mas que não pensem que sou contra pessoas ricas. I don't really care, a riqueza não é um padrão muito bom para usar como estereótipo. E de qualquer das formas acabo sendo contra pessoas no geral.

Há sempre aquelas apresentações, seja de Português, seja do que for, em que o tema é escolhido pelos alunos. O problema com isto é que a originalidade não é o forte de adolescentes numa área de ciências. Not at all. E para realçar esta falta de originalidade, a mentalidade de rebanho é muita. Então à custa de, nem sei, provavelmente vontade de agradar, é típica a recorrência a assuntos da *cough* muito característica *cough* caridade humana. Numa palavra, pobreza. Povos asiáticos, africanos, sul americanos, todos. Qual não é a apresentação que não se ouça falar no pobre negro esfaimado?

Bem, diria que é hipócrita mas mesmo isso já é ser hipócrita. Como me disse uma vez uma amiga minha, eu sou hipócrita, tal como toda a gente. Mas pronto, passando à frente, isto da pobreza já me irrita. Tanta gente a falar e na verdade ninguém quer saber. Ou pelo menos ninguém faz nada. Com tanto dinheiro bem que poderiam fazer, mas não o fazem. What's the point, honestly? Vou ser sincero: eu não me importo muito. Claro, magoa e bastante ver a situação de milhões de homens, mulheres e crianças, uma situação profundamente inumana. Mas que hei de fazer eu, adolescente, sem idade para viajar sozinho (nem dinheiro), sem autoridade para agir sozinho, sem maturidade para o fazer duma forma correcta, e, muito sinceramente, sem vontade. Vou dizer que, por agora, não tenho problemas em adormecer à noite pensando que há muita gente sem cama e sem comida. Aliás, nem penso nisso. Porque não vale a pena. Prometo que quando tiver a minha vida (e as minhas hormonas) sobre meu pleno controlo, lá farei algo para ajudar.

Mas mesmo não me importando (minimamente), devo-me importar ainda mais que a maioria dos pseudo-defensores-da-humanidade. Quantos deles(as) pensarão nas lágrimas esfomeadas embutidas em cada pedaço das calças de ganga de marca que vaidosamente vestem. Ao menos as minhas são portuguesas. Não que me importe, apenas não há dinheiro para mais.

Anyway, post estúpido este, bem sei. Também me perdi um bocado lá pelo meio. O sono não perdoa por vezes. Amanhã será melhor, espero eu.

Bye

No comments:

Post a Comment